É difícil avaliar Mário. Não tem grandes ações com assinatura dele, diz Cacá

Cacá Colchões
Maurício Maron

O empresário e político Carlos Machado, o Cacá Colchões, conheceu o peso da responsabilidade ainda muito jovem. Aos nove anos carregava as sacolas da mãe que vendia roupas de porta em porta para ajudar no sustento da família. Nascido em 1978, no bairro da Conquista, Cacá, filho de uma sacoleira e de um servidor público federal, desde muito novo se apaixonou pelo ramo do comércio. Vender, fascinava o menino que, aos 9 anos, passou a dedicar os sábados a ganhar os primeiros trocados. Condição que, mais tarde, lhe seria útil para dar rumo à sua própria história.

Trabalhou numa granja da tia. Fosse hoje, com o salário mínimo de quase mil reais, receberia 33 reais por sábado trabalhado. Juntou o equivalente a esse dinheiro e ao ir a uma loja de colchões de um amigo do pai, foi estimulado a entrar para este ramo do comércio. A primeira loja montou com o dinheiro que conseguiu guardar. Comprou à vista o seu primeiro estoque: 13 colchões. Aos 23 anos, já era responsável por 49 funcionários e detentor de 56 por cento do mercado de colchões em Ilhéus.

O tino para o comércio fez o pai projetar um futuro promissor para o filho. A meta chegou a ser estabelecida: era chegar ao ano de 2022, daqui a dois anos, portanto, a 50 lojas em atividades e uma indústria implantada na Bahia. Talvez chegasse, não fosse outra paixão: a política.

Em 2002, filiou-se pela primeira vez, ao PDT. Quatro anos depois lançaria uma surpreendente candidatura a deputado federal (PSDC), sendo o candidato mais votado em Ilhéus, com 16.985 votos num total 18.672 alcançados no estado. À época, o advogado Raymundo Veloso elegeu-se federal com menos votos que ele, por conta do cálculo do coeficiente eleitoral. Em 2008, arriscou uma candidatura a prefeito. Obteve insignificantes 3.152 votos (PL). Em 2010, pelo PMDB, lançou-se a deputado estadual, conquistando em Ilhéus 15.224 votos. Terminou mais votado que a deputada Ângela Sousa, a eleita na oportunidade. Em 2012 foi eleito vice-prefeito de Ilhéus com participação efetiva na administração municipal. Tentou em 2016, eleger-se prefeito, sem sucesso. Foi derrotado pelo atual prefeito Mário Alexandre. Em 2018, candidato a deputado estadual, obteve 15 mil votos, mas não foi eleito. Dizem, entretanto, que sua expressiva votação foi suficiente para impedir que Ângela Sousa - já na condição privilegiada de mãe do prefeito de Ilhéus - fosse, finalmente, derrotada nas urnas.

Neste sábado, Cacá Colchões, assume o comando do diretório municipal do PP em Ilhéus. Sem dúvida, um enorme prestígio político que lhe é ofertado pelo padrinho Jabes Ribeiro, que fala em aposentadoria da política local. Cacá vai comandar o partido e, obviamente, tentar pavimentar e fortalecer sua pré-candidatura a prefeito agora em 2020.

Nesta entrevista concedida ao jornalista Maurício Maron, Cacá fala da gestão municipal, do patrimônio eleitoral que herda do seu líder Jabes e sobre sua posição política agora em 2020, quando deve disputar uma nova e decisiva eleição municipal.

Cacá não poupa críticas ao atual prefeito e esclarece até polêmicas que construiu quatro anos atrás com os servidores públicos, que lhe resultaram num enorme prejuízo eleitoral.

A entrevista exclusiva concedida ao Jornal Bahia Online vale a pena ser lida até o fim.

 

Como você enxerga hoje a cidade administrada por quem te venceu na urna?

Digo que a cidade tem dois prefeitos. Um de fato e outro de direito. O de fato é o governador Rui Costa. E não sou eu quem falo. Ouço isso aqui e na capital. Ouço aonde vou. E fico feliz por que é a primeira vez que temos um governador que olhou e investiu 500 milhões de reais em obras na cidade. Hospital Costa do Cacau, que começou com Jaques Wagner; a ponte, saneamento básico, postos de saúde, asfalto que ele trouxe. Tudo isso conquistado na gestão passada que o atual prefeito está tendo a oportunidade de inaugurar agora. A gente fica feliz mesmo o prefeito de direito, na minha opinião, não sendo um prefeito responsável com a cidade. Ele só se tornou prefeito após a derrota da mãe (a deputada estadual Ângela Sousa, derrotada na tentativa de mais uma reeleição, em 2018). Antes disso era tapa nas costas e sorriso largo. Após a derrota acordou e começou a pintar a cidade. Ilhéus precisa de mais, precisa de emprego, de renda para a população. É difícil avaliar o governo positivamente por que você não vê grandes ações com a assinatura dele.

Na campanha passada você perdeu o apoio de parte significativa do servidor público. O governo do qual você era vice congelou salários por quatro anos e surgiu um vazamento de que você apoiaria a demissão de servidores para viabilizar a administração municipal. Que não tinha outra saída. Os servidores tiveram medo de te eleger.

A gente teve uma reunião tensa no Palácio Paranaguá para discutir uma auditoria feita na folha. Foi a única vez que vi Jabes chorar. Olha que já vi momentos difíceis dele, mas nunca com lágrimas nos olhos. Foi dito que não teria jeito e que a única solução era a demissão de servidores. Todos diziam que era o caminho. Aí vi as lágrimas nos olhos dele de verdade. Ele disse que não faria as demissões. E não fez mesmo. Eu fui mal interpretado. Houve um boato. Eu disse que não era acima da lei. Mas eu nunca disse que tiraria as pessoas. Jamais. Pegaram essa conversa e colocaram na rua que eu ia demitir. Jamais foi nossa intenção. Administrativamente naquele momento seria até o caminho mais fácil. Alguns acharam que Cacá estava falando em demissão. E eu falei tecnicamente sobre o caso. Pois taí: quem disse que ia melhorar a vida deles foi quem demitiu pais e mães de família que estão passando necessidade.

Não podemos subestimar a máquina. Não podemos desconsiderar que Mário é o prefeito, que tem estrutura para enfrentar uma campanha. Mas nem tudo é dinheiro. Eu tenho confiança. E acho que isso ele perdeu junto ao povo que o elegeu.

E qual a solução que você apontaria naquele momento diante de um problema que só demissão resolveria?

Aumentar a receita da cidade, cobrando dos que não estavam pagando e revisando o Código Tributário. Aumentar o numero de pagantes, diminuindo o percentual cobrado. Hoje temos uma taxa de alvará alta, IPTU, em alguns casos, que precisam ser revistos com urgência. Se você aumenta receita, o índice iria reduzir.

Mas o problema era índice? Não seria a inexistência de concurso público para servidores que ingressaram na Prefeitura entre 83 e 88?

Não era ilegalidade da contratação. Era o índice por que dava rejeição de conta. E o que nós conseguimos?  Pegamos uma folha de quase 70 por cento e entregamos com 55 por cento. Se a gente arrecadasse mais e diminuísse o valor de impostos de quem paga, a gente teria uma receita maior. Isso é ter uma mente empreendedora.

Nos quatro anos tive apena dois cargos no governo de Jabes. Eu aceitei ser vice e ajudei a reconstruir Ilhéus. Me sinto feliz por que sai da teoria e fui para a prática do que é o serviço público. Assumi o cargo de prefeito nove vezes e fui uma espécie de Primeiro Ministro do governo por que transitei com liberdade e independência por todas as secretarias do governo. Me preparei.

Você como liderança política dialoga com o prefeito atual?

Estive com ele a última vez no último domingo de janeiro de 2017. Foi numa procissão na localidade de Banco do Pedro. E ele me perguntou o que eu achava do Parque Industrial Municipal. Um projeto meu. Eu disse: é sua oportunidade para trazer emprego para Ilhéus.  Eu disse que estava disposto a ajudar. Que era opositor a ele, mas não era opositor a Ilhéus. Se fosse para orientar, contasse comigo, queria que a cidade crescesse. Mas José Nazal (vice-prefeito) quando assumiu, anulou o decreto de desapropriação da área onde o parque seria instalado. O governo dele destruiu o projeto. O governo dele é um desgoverno.

Toda eleição aparece o velho discurso sobre um turismo profissional para a cidade. Mas ninguém que assume consegue promover o segmento na prática. Sempre fica em segundo plano. E olha que estou sendo otimista até.  O que seria um turismo profissional e lucrativo na sua gestão?

Com um calendário bem formatado. Festas populares, Festival do Chocolate, Carnaval, Aleluia Ilhéus, que deveria ter sido dado continuidade. São João, Dia da Cidade. Naquela época não tínhamos o domínio da Avenida Soares Lopes. Isso ficou mais possível a partir de julho de 2017 quando as cidades que tivessem pré-requisitos do litoral podiam requerer áreas de Marinha. Eles fizeram isso. Eu disse bom, esse é o caminho para desenvolver o turismo. Equipar a Avenida Soares Lopes, criar complexos empresariais de bares e restaurantes, áreas esportivas em sua extensão, um pavilhão de Feiras para o Centro de Convenções, para atrair grandes eventos para Ilhéus. Atrair um terminal de passageiros para receber os transatlânticos. Ilhéus... O que falta? Ora, falta um gestor com mente empreendedora que vá buscar parceiros. Temos 111 hectares de avenida central. Claro que com a nova ponte isso diminui. Quando você tem um prefeito que participa de eventos nacionais e internacionais, turismo passa a ser tratado como negócio. É disso que precisamos.

As pesquisas apontam que Rui Costa é o primeiro a ter o poder de transferir votos na cidade. Jabes aparece em segundo. 

Por que você definiu aqui acima nesta entrevista que o governo atual é um “desgoverno”?

Por que não tem linha de comando. Não tem um prefeito que dá ordens e elas são cumpridas. Vou te dar um exemplo simples de hoje (ontem). Dei carona a uma pessoa e ela me disse que pediu a presença de dois guardas municipais na Catedral, enquanto ela estivesse aberta para visitação turística. Para tomar conta do espaço. Pois bem: até hoje não teve uma resposta. Sabe o que vai acontecer? Hoje (ontem) a igreja ainda foi aberta. Mas na chegada do próximo navio vocês vão ver que a igreja estará fechada, porque o padre não vai abrir. Um absurdo. São nas mínimas coisas que você vai para as grandes. Não posso admitir que a gente inaugure um colégio no Salobrinho no dia 28 de dezembro (de 2015)... nós não deixamos instalados mas deixamos comprados os aparelhos de ar condicionado do colégio. E essas crianças estudam no calor até hoje! Fizemos uma grande reforma no IME centro e agora vai se gastar quase 900 mil de recursos em reforma por que não teve manutenção no principal colégio público do município. Se você não dá manutenção, na hora que você vai reformar, o que acontece? É quase uma construção. E esse dinheiro é nosso! Você vai no (bairro Jardim) Savoia tá lá um colégio que não terminou, falta pouco. No Banco da Vitória, deixamos o Ginásio de Esportes praticamente pronto. Ele está no quarto ano de mandato e a quadra não foi entregue ainda. Vai lá a Sambaituba: lá tá destruído. Ilhéus não pode ter um prefeito amador. Ilhéus tem que ter comprometimento. A palavra aqui é responsabilidade com o povo. E precisamos lembrar: nunca Ilhéus recebeu tanto investimento do Governo do Estado da Bahia. Então eu não posso concordar que Ilhéus tem hoje uma linha de comando.

São grandes as chances de termos uma eleição atípica. Com adversários do mesmo grupo político do governador. Adversários de uma base aliada...

... Temos um candidato que foi para o lado da oposição e se abrigou ao lado de ACM Neto. (Pausa) Olha, cada um escolhe seu caminho. Respeito todos os meus adversários. Falo por mim. Somos da base aliada, o vice-governador João Leão é a principal liderança do nosso partido. O PT tem sua candidatura própria. Tem o atual prefeito também na base. E você tem alguns outros partidos da base que também têm pré-candidaturas. Mas o cenário de consumo interno se desenha aí com três candidaturas com possíveis chances de levar até o final. E aí vamos analisar o que o povo vai entender como melhor proposta. A gente começa a conversar com os partidos, sim. Deixei bem claro quando perdi a eleição que a partir daquele momento eu seria opositor ao atual governo. Com os outros eu converso sim. Até junho cada um vai fazer seu trabalho e, lá na frente, a gente discute melhor isso.

Eu disse (a Mário Alexandre) que estava disposto a ajudar. Que era opositor a ele, mas não era opositor a Ilhéus. Se fosse para orientar, contasse comigo, queria que a cidade crescesse.

Você se considera o herdeiro político de seu padrinho, Jabes Ribeiro?

Quando fui fazer a composição com Jabes, eu não fui escolhido pelo grupo, nem por Jabes. Fui escolhido pela população. Foi em 2012. A partir daquele momento consegui mostrar minha confiança e meu respeito por ele. A confiança e a convivência me fizeram ter um carinho especial por ele. Considero hoje que esse grupo é um só e sinto muito orgulho de ser a linha sucessória de um homem com mais de 40 anos de política, de serviços prestados e de liderança em Ilhéus.  As pesquisas apontam que Rui Costa é o primeiro a ter o poder de transferir votos na cidade. Jabes aparece em segundo. Apesar do pouco tempo de convivência, parece que nos conhecemos há muito tempo. Receber esse grupo dele me faz crescer politicamente, com a presença de pessoas experientes e novas que estão chegando.

Sua história política começa em oposição ao ex-prefeito Jabes. Depois é que você se aliou a ele.

Em novembro de 2011, tínhamos construído com diversos partidos uma plenária unificada. Era um acordo para disputar a eleição contra Jabes. A ideia era: quem estivesse melhor, seria o candidato do grupo. Mas este acordo venceu em 30 de maio de 2012, quando a deputada Ângela Sousa me traiu. Nas pesquisas eu era o melhor nome para a disputa e o segundo colocado seria o vice. A indicação a vice seria dela e os demais partidos iriam compor o governo. Neste dia, quando cheguei na casa dela, já não encontrei mais os outros partidos, só foi o meu e o dela, e ela mudou o tom da conversa dizendo que não poderia assumir o compromisso comigo.

Eu fui mal interpretado.  Eu disse que não era acima da lei. Mas eu nunca disse que tiraria as pessoas. Jamais. Pegaram essa conversa e colocaram na rua que eu ia demitir. Jamais foi nossa intenção. (...) Pois taí: quem disse que ia melhorar a vida deles foi quem demitiu pais e mães de família que estão passando necessidade.

E aí?

Quando chego a Salvador e digo ao meu partido que não tenho mais a frente de partidos e que tinha apenas 14 por cento das intenções de voto, não tive como segurar a candidatura. Voltei para Ilhéus, fiz uma reunião com minha família, apoiadores, especialmente com 11 amigos mais próximos, e aceitei ser vice de Jabes mantendo o meu sonho de um dia ser prefeito de Ilhéus.

E seu eleitorado que te acompanhava pelo fato de ser à época oposição a Jabes, como ficou? Como você avalia hoje essa mudança de percurso?

Sempre faço oposição construtiva. Apoio o certo e critico o errado. Não tinha problema pessoal e aquele momento que fiz a aliança disse a mim mesmo: deixa aproveitar essa experiência e me preparar melhor para um dia governar minha cidade. As pesquisas mostravam que a população queria ele. Quando a aliança foi feita, acredite, não passou por negociação de cargos. Nos quatro anos tive apena dois cargos no governo de Jabes. Eu aceitei ser vice e ajudei a reconstruir Ilhéus. Me sinto feliz por que sai da teoria e fui para a prática do que é o serviço público. Assumi o cargo de prefeito nove vezes e fui uma espécie de Primeiro Ministro do governo por que transitei com liberdade e independência por todas as secretarias do governo. Me preparei.

Ele (Mário Alexandre) só se tornou prefeito após a derrota da mãe (a deputada estadual Ângela Sousa). Antes disso era tapa nas costas e sorriso largo. Após a derrota acordou e começou a pintar a cidade.

Qual o seu adversário a ser batido na eleição?

Se levar a campanha até o final creio que seja o Valderico Júnior. As nossas pesquisas, de consumo interno, mostram Mário (Alexandre) com quase 80 por cento de rejeição. É a máquina? É. Não podemos subestimar a máquina. Não podemos desconsiderar que Mário é o prefeito, que tem estrutura para enfrentar uma campanha. Mas nem tudo é dinheiro. Eu tenho confiança. E acho que isso ele perdeu junto ao povo que o elegeu. A maior rejeição dele está na saúde. E ele é médico. Construiu postos, mas não tem médicos. Trouxe algumas ambulâncias, mas a gente não tem que cuidar só de feridos. Temos que começar com a Atenção Básica. O governador fez muito na construção de postos. Mas ele (Mário) não conseguiu saber trabalhar com a estrutura do estado. O (hospital) regional fechou as portas e ele recebeu do estado mais de 200 servidores para trabalhar no município. E cadê estes profissionais? Nós entregamos a Saúde com 11 milhões (de reais) em caixa. No primeiro mês dele, em janeiro, o governo federal pagou mais 4 milhões, totalizando 15 milhões na saúde. Quando a gente recebeu dele a Prefeitura, quando ele era vice-prefeito (de Newton Lima), a gente recebeu com déficit na educação, na saúde... Nós entregamos uma prefeitura saneada com dinheiro em caixa e ele não consegue melhorar a saúde. Bom dizer: não sou eu quem está dizendo isso. Quem está dizendo é o povo.

Hoje sua relação é de muita proximidade também com o vice-governador João Leão...

... ele me chama de filho. Talvez por ser homônimo do filho dele (deputado Cacá Leão). Mas ele sabe da nossa capacidade e sabe que todos os nossos pedidos até hoje nunca foram em proveito pessoal ou em prol da minha família. Foi tudo para a sociedade de Ilhéus.

O que esperar de Cacá na eleição de 2020?

Meu sonho não acabou. Tenho amadurecido cada vez mais e hoje tenho o orgulho de dizer que estou muito, mas muito mesmo, preparado para assumir este grande desafio de ser o futuro gestor desta cidade. Se assim Deus permitir e se assim o povo quiser.

Digo que a cidade tem dois prefeitos. Um de fato e outro de direito. O de fato é o governador Rui Costa. E não sou eu quem falo. Ouço isso aqui e na capital. Ouço aonde vou.

Eleito prefeito de Ilhéus o que você faria com os servidores de 83 a 88 afastados pelo prefeito Mário Alexandre?

Eu sei que eles podem retornar a qualquer momento se for da vontade do atual prefeito. Mas faria um acordo para que todos pudessem se aposentar. Tenho certeza que todos aceitariam. Você tem que ter um carinho especial com estes servidores. E se quiser resolver tem como resolver. Respeito as decisões judiciais, mas é preciso buscar um outro caminho. Estes pais de família estão desesperados. Mas espero em Deus que esta situação não chegue ao ano que vem, por que muitos deles podem não chegar vivos até lá. Essa situação tem que ser resolvida agora.

Nota da Redação: Há mais de um ano e meio o Jornal Bahia Online tenta viabilizar uma entrevista exclusiva com o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre. A intenção era de que ele fizesse uma análise sobre a cidade e sua própria gestão. No entanto, assessores alegam não haver espaço na disputada agenda do prefeito. Continuamos aguardando por um "sim".